Opinião

LIVRO QUE ENSINA SEXO E COM PALAVREADO PORNOGRÁFICO CHEGA ÀS ESCOLAS, PELAS MÃOS DO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

Por Sérgio Pires — Opinião de Primeira

Está na página 29. Uma série de palavrões. Incentivo ao sexo entre adolescentes. Supervalorização a relação sexual, destacando as realizadas entre jovens negros e jovens brancas. Se fosse nos anos 50 e 60 do século passado, se diria que os textos dessa página saíram dos livretos ilustrados de Carlos Zéfiro, que os meninos de então chamavam de “catecismo”! O livro O Avesso da Pele”, ganhador do Premio Jaboti (isso mesmo, venceu um concurso nacional de literatura) foi escolhido por várias escolas brasileiras, para fazerem parte dos que os jovens deveriam ler.

Só que a “pegadinha” que ele traz no seu bojo, como relatar a importância de uma relação entre negros e brancos, como se isso fosse da maior relevância e traga palavrões que até os mais velhos enrubescem ao falar, claro, só foi detectado quando se fez toda a leitura, que, aliás, deveria ter sido feita antes. A linguagem é de filme pornô! O assunto saltou  para a mídia e redes sociais quando a deputada federal gaúcha Kenlly Moraes divulgou, nas redes sociais, um vídeo em que a diretora da Escola estadual de Santa Cruz do Sul, uma progressista cidade do interior do RS, lia, apavorada, trechos da agora famosa página 29. Os órgãos sexuais masculinos e femininos são citados nominalmente, aliás, pelos apelidos que todos conhecemos.

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O livro foi enviado pelo Ministério da Educação, para fazer parte do rol das bibliotecas de escolas de vários Estados. O livro, absolutamente dentro do contexto da sexualização nas escolas, foi aprovado pelo Ministério ainda no governo Bolsonaro. Imagina-se que à revelia do poder central, que sempre se mostrou totalmente contrário à ideologia de gênero, defendida com unhas e dentes pelos atuais detentores do poder. Claro que nesse caso há uma sucessão vergonhosa de erros, inclusive da diretora que assinou o pedido de um livro, ao MEC, sem saber de todo o seu conteúdo e apenas por ter ganho um concurso nacional, certamente pelo seu conteúdo absolutamente ideológico.

“Lamentável um governo federal mandar esse tipo de linguagem para ser trabalhado com adolescentes dentro de uma instituição de ensino”, diz a diretora da escola,  após ler trechos do livro em que aparecem as palavras que descrevem os órgão sexuais. “Governo federal, por favor, deixe as escolas cuidar dos seus estudantes, onde os valores, o respeito, a conduta, os bons costumes e a ética prevaleça.

E vindo ainda de um governo federal, é muito nojento. Que país é esse?”, questiona a diretora da escola de Santa Cruz do Sul. Ela não deveria ter cumprido antes a missão de ler o livro e só depois aprová-lo? Agora, estão tentando emendar o soneto. Não é tarde demais?

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