Opinião

O TEMIDO ALEXANDRE DE MORAES E RODRIGO PACHECO, O QUE NÃO SE MEXE, FORMAM A DUPLA MAIS PODEROSA NOS DIAS DE HOJE, NO NOSSO BRASIL

Por Sérgio Pires — Opinião de Primeira

O Brasil, hoje, está nas mãos de apenas duas autoridades. Uma pode conter a outra, mas não o faz. A outra, não tem mais como voltar atrás, depois de ter tomado muitas decisões, ao arrepio das nossas leis e, principalmente da Constituição. Claro que o poder constitucional está nas mãos do presidente Lula e de seu governo, mas na prática, a maior autoridade hoje no Brasil é a do ministro Alexandre de Moraes.

É ele quem prende e manda soltar; que preside inquéritos, alguns sem fim, inclusive nos que ele é vítima (obviamente, um magistrado nessas condições deveria se declarar  impedido); determinou centenas de prisões, baseando-se numa teoria até gora sem comprovação definitiva de que teria havido uma tentativa de golpe de Estado e, enfim, se tornou a figura pública que centraliza toda a força nas suas mãos, sempre avalizado pelo atual Governo, pelo comando das Forças Armadas e com apoio incondicional da Polícia Federal.

Na vida real da atualidade brasileira, o Congresso Nacional passou a ser apenas um órgão decorativo. Inquéritos que correm em segredo de Justiça são proibidos de serem informados à autoridades do Senado, por exemplo, que têm a missão de fiscalizar tudo, inclusive os órgãos de informação, como a Abin. Acima do poder nas mãos do ministro mais temido da história do Supremo Tribunal Federal, não há qualquer força que possa colocar a situação nos trilhos da Constituição e nos livrar do risco de um ativismo judicial irreversível? Sim há, só que não se mexe.

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É tão “imexível”, porque não se mexe, quanto essa expressão, criada pelo então ministro do Trabalho dos anos 90, Rogério Magri, que também cunhou a inesquecível frase de que “cachorro também é ser humano”!

O rondoniense de nascimento, mas mineiro de quase toda a vida, o político que preside o Senado, Rodrigo Pacheco, é a única figura que tem o poder constitucional de autorizar a abertura de investigações e até um processo de impeachment de um ou mais ministros do STF. Mesmo com tudo o que tem acontecido (há exageros sim, que precisariam, pelo menos, de explicação ao Parlamento) Pacheco faz ouvidos de mercador, quando pressionado para reagir.

Há um número considerável de membros da Câmara Federal e do Senado que não concordam com o que está acontecendo, mas muitos também são temerosos de reações mais duras e que, por exemplo, alguns dos processos ainda parados no STF, contra eles, possa andar. Será o mesmo temor de Rodrigo Pacheco? Não se sabe na verdade. O que se sabe é que Alexandre de Moraes não tem mais como voltar atrás. Assumiu um papel que nem a ele é mais dado o direito de retroceder. Até onde ele irá, ainda não se sabe. E o que fará Pacheco? Ah, a resposta para essa pergunta pode valer alguns milhões de dólares…

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