Opinião

ÍNDIOS DE RONDÔNIA DEIXAM AS ALDEIAS, PORQUE NÃO PODEM USUFRUIR DAS RIQUEZAS QUE LHES SÃO DE DIREITO

Por Sérgio Pires — Opinião de Primeira

Se fosse agrupada numa cidade, a população de mais de 21 mil indígenas de Rondônia, de diferentes etnias, criaria um município com mais gente do que as há em pelo menos 36 cidades rondonienses. No país inteiro, o censo do IBGE confirmou a existência de quase 1 milhão e 700 mil índios brasileiros. As tribos rondonienses representam apenas 1,3 por cento doe total no país. As maiores concentrações estão no Amazonas (mais de 490 mil), Bahia (perto de 230 mil); Mato Grosso do Sul (116 mil), Pernambuco (em torno de 107 mil e Roraima (97 mil).

Em Roraima, aliás, tem uma particularidade especial: mais de 46 por cento de todas as terras, são consideradas áreas indígenas. Ou seja, dos 224 mil quilômetros quadrados de toda o território roraimense, quase 104 mil são dominados pelos interesses estrangeiros, já que há locais onde brasileiro é proibido de entrar, depois do anoitecer. Já no nosso Estado, a maior concentração está em Guajará Mirim, com quase 5.500 pessoas. Porto Velho, com pouco mais de 4 mil; Cacoal, com 1.700; Ji-Paraná, com 1.225 e Costa Marques, com 1.217 são os municípios onde estão concentradas as maiores populações.

Há também particularidade especial em relação ao total de indígenas rondonienses. O censo do IBGE detectou que somente 54,5 por cento deles residem dentro das chamadas Terras Indígenas, ou seja, o restante já está por demais aculturado, vivendo geralmente em áreas urbanas, perdendo, aos poucos, seus costumes e tradições. Milhares desistiram de viver sob a tutela do Estado, porque impedidos de usufruírem das riquezas a que têm direito, porque a legislação determina que eles têm que viver como se ainda estivéssemos, ainda, nos tempos do descobrimento.

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Com exceção de alguns caciques que aprenderam a negociar com quem explora suas terras, os demais índios vivem sob o domínio da fome e da falta de perspectivas. Mas há quem ache que é a vida que eles querem e precisam. Lamentável!

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