Política

Senado aprova reforma tributária que deve criar IVA com maior alíquota do mundo; texto volta à Câmara

O plenário do Senado aprovou, em primeiro turno, nesta quarta-feira, 8, o texto-base da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma tributária, por 53 votos a 24. Neste momento, os senadores analisam os destaques, que são sugestões de alteração ao texto.

Por se tratar de uma mudança na Constituição, o texto do senador Eduardo Braga (MDB-MA) precisa passar por dois turnos de votação. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), confirmou que a votação do segundo turno será feita ainda nesta quarta.

Mesmo após a aprovação por parte dos senadores, o projeto retornará para uma nova apreciação da Câmara dos Deputados antes de ser promulgado. Isso ocorre em decorrência das mudanças feitas pelo Senado em relação ao texto que foi aprovado pelos deputados em julho.

A reforma tributária extingue cinco impostos (PIS, Cofins e IPI federais, ICMS estadual e ISS municipal) do sistema tributário brasileiro. No lugar, serão criados o imposto federal, que se chamará Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), e o estadual, o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS).

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Entre outros pontos, o relator do Senado propôs elevar o Fundo de Desenvolvimento Regional de R$ 40 bilhões para R$ 60 bilhões. O montante vai compensar estados e municípios por possíveis perdas de arrecadação com a mudança no sistema de impostos.

Eduardo Braga também ampliou o chamado cashback, que é a devolução de parte dos impostos pagos para consumidores de baixa renda. Além das contas de luz e de itens da cesta básica, o relatório também incluiu o mecanismo de reembolso para o consumo de gás de cozinha.

A proposta da reforma tributária aprovada pelos senadores também preservou a atual isenção na compra de automóveis por pessoas com deficiência ou no espectro autista, bem como por taxistas. O relator também incorporou na alíquota zero a aquisição de medicamentos e dispositivos médicos adquiridos pela Administração Pública e por entidades de assistência social sem fins lucrativos.

Eduardo Braga estendeu ainda os benefícios para montadoras que invistam em carros movidos a álcool. No texto anterior, ele permitia a concessão de créditos tributários apenas para produção de veículos elétricos.

A manutenção será válida para plantas de fábricas aprovadas ou implantadas até dezembro de 2025. O benefício atende, principalmente, governadores do Nordeste, que fecharam contratos recentemente com indústrias automotivas chinesas.

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