Polícia

JUIZ DE RONDÔNIA É PRESO POR SUSPEITA DE LIDERAR MÁFIA — confira

MAGISTRADO TERIA OBRIGADO SÓCIO E ESPOSA A ASSINAREM PROCURAÇÃO COM PLENOS PODERES

O Desembargador DR. OSNY CLARO DE OLIVEIRA JUNIOR, decretou, há 2 dias, a prisão do Juiz de Direito da Comarca de Buritis, Hedy Carlos Soares, e da advogada Bárbara Siqueira Pereira, que segundo o relator, usava seu escritório profissional como QG de uma verdadeira máfia chefiada pelo Juiz de Buritis.

A prisão foi realizada ontem, 17/08 no Aeroporto de Guarulhos -SP.

Na decisão de 76 laudas, DR. OSNY defere diversas medidas cautelares contra os investigados, e narra uma trama quase hollywoodiana,  em que um juiz de interior, comandando uma quadrilha de jagunços, pratica diversos crimes, utilizando-se de seus prestígio institucional, derivado da dignidade da magistratura, para fazer prevalecer os seus interesses pessoais.

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A investigação que levou o magistrado a prisão foi desencadeada por uma ocorrência policial registrada por Andréia de Lima Sinotti, em que informa ter, juntamente com seu marido, sofrido extorsão por parte do magistrado que a teria obrigado a conceder, a pessoa indicada por ele, plenos poderes para administração e disposição de seus bens.

Andréia alegou que o marido, Sérgio Beraldo Santos,   trabalhava em sociedade com o juiz, no negócio de compra e venda de gado, e que, por alguma razão que não ficou clara nas investigações até o momento, o magistrado afirmava que seu marido lhe devia 3 milhões de reais.

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No intuito de receber à força a referida dívida, cuja origem é em tudo duvidosa, o magistrado Hedy Carlos Soares, teria acionado dois policiais civis do Estado de São Paulo, que viajaram até a cidade de Buritis armados, para o especifico fim de ameaçar Andréia e o marido, garantindo que o casal assinasse uma procuração, transmitindo a administração de todos os seus bens, para uma pessoa  por ele indicada, e que seria, segundo as investigações, o “laranja” do juiz.

O casal teria sido compelido, no escritório da advogada, presa junto com Hedy, sob a mira de armas de fogo, a anuir com a concessão da procuração com plenos poderes, para o fim de restituir o valor da dívida alegada pelo juiz que é de 3 milhões de reais.

O juiz teria, no curso da dinâmica dos crimes cometidos contra o casal, arrombado propriedade alheia e subtraído a chave de veículos dos quais pretendia se apropriar.

No que consta dos autos, pouco se falou ou provou sobre a alegada atividade econômica que lastrearia esses valores, mas é certo que entre o juiz investigado e alguns dos envolvidos na investigação, muitos milhões de reais foram transferidos entre os tais, tendo somente a denunciante Andréia, movimentado mais de 4 milhões de reais em sua conta bancária.

Transferências bancárias frequentes, de valores que variam entre 400 mil e um milhão de reais entre o juiz e os investigados, foram constatadas na investigação.

Dr. Osny Claro, ao fundamentar a concessão das medidas cautelares solicitadas pelo Ministério Público de Rondônia,  reproduz trecho de uma conversa havida entre Hedy e Sérgio, que sugere que o negócio desenvolvido pelo juiz pode não ser a pecuária, como informado na ocorrência policial registrada por Andréia.

“A propósito, no print de fl. 181 há um diálogo entre Hedy Carlos e Sérgio que foi extraído do celular deste (aplicativo WhatsApp) mediante sua autorização, cujo conteúdo transcrevo a seguir:

Hedy Carlos:

Deu certo?

Sempre deixo minhas coisas com mais de uma Advogada para que não saibam de tudo que a gente faz…

então essa está tomando conta de coisas que ninguém sabe…

entendeu??

Sérgio:

T bom

Tô com vc

Mas ela pergunta de mas

Hedy Carlos:

Muita gente quer saber o que fazemos… por isso é importante sempre ficarmos quietos!!!!

Tamos juntos!!!

Sérgio:

Tá bom”

Até o momento o magistrado é investigado pelos crimes de organização criminosa, extorsão ( hediondo), lavagem de dinheiro, coação no curso do processo, denunciação caluniosa, falsidade ideológica e sonegação fiscal, mas a lista pode ser ampliada ao final da investigação, quando for possível detalhar o alcance das atividades do juiz.

Ao decretar a prisão do juiz Hedy Carlos, o desembargador relator fez questão de invocar os deveres do magistrado, condenando a conduta atribuída ao investigado, e ressaltando que há outro inquérito judicial tramitando sob a relatoria do Desembargador Miguel Mônico, em que se apura outro delito do mesmo juiz investigado, e concluindo que a prisão é necessária para que o magistrado, agora afastado, não atrapalhe a investigação ou volte a delinquir.

O Portal Estado de Rondônia apurou que o juiz Hedy Carlos já sofreu a punição de advertência pelo TJRO, por ter sacado arma de fogo em local público contra uma pessoa com quem se desentendeu.

O juiz investigado foi preso, afastado do cargo, teve seu porte de armas suspenso e três pistolas apreendidas.

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Fonte: www.estadoderondonia.com.br

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