Opinião

15 de novembro — a história que não te contaram

A história do Brasil é uma grande exposição de pedras preciosas, onde há poucas originais e muitas réplicas.

No início do século XlX, a família real se instalou no Rio de Janeiro e fundou o império brasileiro com a Coroa Real, com Parlamento e uma justiça sólida alicerçada num estado de direito, nos princípios constitucionais e nas práticas democráticas. A ganância pelo poder de alguns setores da sociedade, planos escusos e sem apoio popular planejavam a queda da monarquia e sem nenhum apoio popular.

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Republicanos tomados pelas ideias positivistas tentavam tomar o poder a qualquer custo. Há época, a população não aceitava a tal ‘Proclamação da República’, tanto que raramente os candidatos republicanos se elegiam para um cargo político, portanto, não tinham apoio da população brasileira.

A única forma dos republicanos tomar o controle do país seria em um golpe militar. As chances eram mínimas – há época-, a Marinha do Brasil era extremamente fiel ao império. A oportunidade vista pelos republicanos estava em Marechal Deodoro da Fonseca, que era ‘amigo’ pessoal do imperador. Mas como no Brasil, a mentira (fake news) faz parte da história, o major Sólon Ribeiro botou em prática uma armadilha para ganhar Deodoro.

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Sólon espalhou aos quatro cantos que o Governo havia mandado prender Deodoro da Fonseca, juntamente com benjamin Constant e o próprio Sólon Ribeiro. Os boatos provocaram os efeitos desejados. As tropas, revoltadas, se rebelaram nós quartéis, foi quando Visconde de Ouro Preto, presidente do conselho de ministros, tentou conversar, sem sucesso, com os chefes dos militares nos quartéis.

No dia seguinte, Deodoro da Fonseca colocou as tropas na rua e destituiu Ouro Preto. Os republicanos, com apoio dos militares positivistas, redigiram a moção da Proclamação da República em que nomearam Deodoro da Fonseca como chefe do governo provisório. Os revolucionários foram até à casa de Marechal, que estava bastante fragilizado, para tentar convencê-lo a assinar o documento.

Para garantir a assinatura, os revolucionários contaram mais uma mentira: no entardecer do dia 15 de novembro de 1989 foram dizer ao Marechal Deodoro que o imperador foi convidar para o conselho de ministros, no lugar de Ouro Preto, o político gaúcho, Silveira Martins, Deodoro falou que não aceitaria, o Marechal não gostava de Silveira Martins, porque quando foi comandante da praça de Porto Alegre havia disputado o namoro da filha de Barão do Triunfo. A filha de Barão, Adelaide, preferiu Silveira Martins, então Marechal assinou o documento por birra e ciúmes.

Com o documento assinado, os republicanos se dirigiram à câmara para proclamar a república. Tudo foi feito de improviso, inclusive, não por coincidência, tocaram o hino da França e hasteada a bandeira que imitava a dos EUA, mas com as cores do Brasil, o verde e amarelo.

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Ouro Preto enviou um telegrama a Dom Pedro relatando os acontecimentos. No dia seguinte, os revolucionários republicanos decretaram a expulsão da família real e deram 24h para que eles deixassem o país. Dom Pedro, bastante fragilizado fisicamente, aceitou o veredicto de republicanos e por temer violência popular em apoio a seu governo e a monarquia. A família imperial foi colocada em um navio às 3h da madrugada, pois os militares tinha medo de uma revolta da população, rompendo assim todo e qualquer laço que o Brasil tinha com a Coroa portuguesa.

A partir daí, nascia o regime republicano em meio a mentiras, trapaças e sem nenhum apoio da população brasileira. Naquela noite, o governo provisório divulgou um manifesto destituindo a família imperial e o fim da monarquia.

Na mesma noite, benjamin Constant afirmou que a população iria ser consultada pela troca de regime, essa consulta iria acontecer 103 anos depois. Em abril de 1993 os brasileiros iriam decidir se o Brasil seria uma monarquia ou um República. Parece piada, mas é história, país teve por mais de 100 anos uma república provisória.

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